Está rolando nas redes sociais uma corrente convidado os artistas e serem solidários e assinarem os canais da plataforma de vídeos Youtube uns dos outros. Ao atingir mil inscritos, segundo o texto do post, a empresa começa a remunerar o dono do canal segundo suas visualizações.
A intensão é ótima. mas parece que a coisa não funciona bem assim. O músico e professor Jacques Figueiras trouxe à tona o assunto em sua newsletter e apontou que tal número de inscritos, alem de ser insuficiente para monetização, também pode se revelar uma má ideia.
Segundo Jacques, que estuda o assunto e também se utiliza de canais na plataforma, o número de inscritos não é a única variável considerada pelo Youtube para começar a remunerar os artistas. Alem de mil usuários que deixaram sua inscrição ali, também é preciso juntar 4.000 horas de visualização de seus vídeos.
Com isso, a plataforma evita as inscrições fantasmas ou as não orgânicas. O contraponto é justamente esse. Ao pedir para seus amigos ‘darem uma força’ no teu canal de Youtube, é muito provável que eles não acompanhem seu conteúdo com tanto afinco quanto um fã realmente interessado. E aí vem um segundo problema: O Youtube pode puní-lo através do seu algoritmo, se você publica algo e poucas pessoas dessa massa de inscritos se interessa. Sua exposição diminui mais ainda.
Para Jacques, a corrente tem potencial de te prejudicar e a saída seria continuar a busca inscritos que realmente se interessam pela sua arte, ainda que isso leve mais tempo para lhe dar algum retorno.
A Agência 55 está com as antenas ligadas em ideias e notícias que possam lhe ajudar a atravessar esta faze de poucos shows. Fique ligado!
por Jota Wagner